As origens da série

Em 1969, quando a série Perry Rhodan já estava no início do ciclo “Os Cappins” (episódios 400 a 499) na Alemanha, sua editora pediu a K.H. Scheer que criasse uma nova série, na qual o personagem Atlan, um dos preferidos dos leitores, tivesse uma participação mais ativa. Dessa forma Scheer concebeu a série Atlan, que seria publicada mensalmente e que se concentraria no dia a dia de Atlan como chefe da USO.

O primeiro episódio, “O Sindicato Galático”, foi publicado em outubro de 1969, quando a série Perry Rhodan já estava em seu 424º episódio. Devido à pressão dos leitores e da própria editora, a série passou a ser quinzenal a partir do seu 17º episódio, e a periodicidade semanal foi finalmente adotada a partir do seu 79º episódio, publicado em abril de 1973.

A estrutura cíclica da série

Ao contrário da série Perry Rhodan, a série Atlan não teve uma estrutura de ciclos regular e padronizada. Normalmente os ciclos começavam e terminavam em números “quebrados”, podendo durar entre dois e cem episódios. Além disso, os ciclos normalmente não seguiam uma seqüência cronológica, dando grandes “saltos” de tempo tanto para o futuro quanto para o passado.

Por este motivo, o Projeto Traduções resolveu adotar a estrutura temporal, traduzindo assim a história de Atlan pelo periodo em que acontece e não pela sequência de lançamentos.

Os autores da série

Naturalmente os autores da série Atlan foram os mesmos de Perry Rhodan, com algumas poucas exceções. Normalmente Atlan era utilizada como um “teste” para autores que tivessem interesse em escrever para a série mãe. Se o autor que começasse a escrever para Atlan fosse bem-aceito pela redação da série e pelo público, era apenas uma questão de tempo até que ele fosse chamado a escrever para Perry Rhodan.

É interessante observar que o criador da série, K.H. Scheer, escreveu apenas três livros para a mesma (episódios 1, 2 e 100), pois preferiu concentrar suas atividades no planejamento geral dos ciclos. Isso também foi consequência de vários problemas de saúde que teve na época, os quais eventualmente o afastariam da série por completo.

O cancelamento da série

Entretanto, durante a publicação do quinto grande ciclo, a editora percebeu um acentuado declínio nas vendas da série, que ocorreu basicamente devido ao fato dos fãs de Perry Rhodan e Atlan não terem tempo nem dinheiro para acompanhar tudo que era publicado simultaneamente naquele momento: cinco edições semanais de Perry Rhodan, duas de Atlan e, como se não bastasse, duas edições mensais da coleção dos romances planetários.

Assim, ela acabou sendo cancelada em 1988 após a publicação de 850 episódios, o que naturalmente desagradou bastante os fãs de longa data da série, especialmente aqueles que gostavam mais de Atlan do que da própria série Perry Rhodan.

Dessa forma a longa história dessa série irmã de Perry Rhodan parecia ter chegado ao seu fim definitivo...

Os miniciclos de Atlan

Apesar da “Atlan Fanzine Serie” e das compilações em capa dura, os fãs da série Atlan sempre pediam à editora um retorno “oficial” da mesma, com novas histórias escritas pela equipe de redação de Perry Rhodan. Devido a isso e também ao fato de que os livros Zeitabenteuer ajudaram a popularizar ainda mais a figura de Atlan entre os novos leitores de Perry Rhodan, a VPM decidiu, em meados de 1998, publicar um novo ciclo da série. Dessa forma os autores Robert Feldhoff e Rainer Castor conceberam o ciclo “Traversan”, que foi publicado entre outubro de 1998 e janeiro de 1999. Após o grande sucesso do ciclo “Traversan”, os leitores começaram a exigir da VPM uma continuação, já que a história e a estrutura do ciclo foram muito bem recebidas pelos fãs. Contudo, somente em janeiro de 2003 os fãs tiveram seus desejos atendidos: nesse mês começou a ser publicado o ciclo “Centauri”, que, assim como seu antecessor, teve doze episódios.

A partir de então, este passou a ser o padrão dos miniciclos de Atlan, com o lançamento dos ciclos: Obsidiana, em 2004; O Senhor da Justiça, em 2004/2005; A Estrela Negra, em 2005, Mundo Intra, em 2005/2006 e Poeira estelar em 2006.

Os microciclos de Atlan

Em 2006, a série passou por uma nova modificação da estrutura. A série passou a ser composta por microciclos de 1, 3 e até 6 livros de bolso, tendo predominados os microciclos de 3 livros.

Foram então lançados os microciclos: Lepso, em 2006/2007; Rudyn, em 2007; Illochim, em 2007/2008; Rico, em 2008; Monólito, em 2008/2009; Mundo do Inferno, em 2009/2010; Marasin, em 2010; Fragmento estelar, em 2010/2011 e Polychora, em 2012.

Houve também a microssérie Atlan X, composta pelos microciclos Creta em 2009 e Tamaran em 2010, ambos com 3 livros de bolso.