Antes pousar, eles examinam o mundo com os dispositivos de localização da nave. Fartuloon tem uma sensação estranha, embora o localizador não mostre nada suspeito. Somente o rastreador de massa indica que a base está com falta de massa. Em alguns dos 47 edifícios podem ser observados danos, inexistentes quando da última visita dos operadores. Fartuloon suspeita que, provavelmente, piratas recorreram aos suprimentos e armas dos depósitos.

Os companheiros pousam a nave a cerca de meio quilômetro de distância da base. Com as armas prontas para atirar, marcham em direção aos prédios.

Do nada aparece uma figura semimaterial. Antes de Fartuloon poder entrar em contato com o soldado espacial arcônida, o homem começa a se tornar transparente e desaparece logo em seguida, tão de repente quanto veio. Deixando apenas pegadas no solo arenoso. Mas, como as pegadas conduzem para longe do ponto de materialização, refuta-se a teoria de Gamno, de que o soldado poderia ter usado um campo defletor ainda em desenvolvimento. É perceptível que o arcônida usava um velho traje espacial com medalhas do tempo de [[Gonozal]] VII. O uso destas foi proibido desde a coroação de Orbanaschol III, sendo punível com a morte.

O sistema de segurança automático da estação relata repetidas localizações de pessoas que surgem espontaneamente. Estes seres se servem suntuosamente do equipamento, antes de novamente desaparecerem. Fartuloon agora acredita que são ataques vindos de um outro plano de existência, ativando um sistema de alarme para reportar invasões.

Não demora muito até que o sistema responda. De repente, são detectados dez soldados espaciais, que disparam descontroladamente contra um adversário invisível. Dois maahks ficam visíveis e respondem ao fogo dos arcônidas. Os equipamentos da base são afetados na batalha. Quando um arcônida é vitimado pelos raios de fogo, ele desaparece sem problemas. Durante a luta, os adversários começam a evaporar lentamente, até desmaterializar completamente.

Com base nos registros da positrônica da base, os fantasmas surgem perto dos depósitos. Fartuloon desenvolve um plano para impedir, com base em um campo de imobilização, que um arcônida semimaterial possa desaparecer na próxima oportunidade. O plano é colocado em ação e um projetor é colocado em frente a um depósito de armas.

No arsenal, alguns arcônidas se materializam brevemente e pegam radiadores de impulsos. Um dos soldados fica sob a esfera de ação do projetor de campo de imobilização. Desarmado e somente com um traje de combate, [[Atlan]] se encontra com o soldado, que se apresenta como Parvon Kher. O arcônida relata sobre o seu destino e o de seus companheiros:

Vinte anos antes, os cruzadores arcônidas atacaram uma base dos maahks em um sistema solar vizinho. As tropas de desembarque invadiram a base, mas os maahks utilizaram uma nova arma, que rasgava o hiperespaço, a qual afetou igualmente arcônidas e metanitas. As vítimas da arma permaneceram vivas e retornam sempre, desde então, por um curto período de tempo ao espaço normal. Eles procuram armas, equipamentos e alimentos e, pouco depois, desaparecem de novo no hiperespaço. Nenhum dos lados pensou em procurar uma solução conjunta para o problema. E assim prossegue a guerra, até que todos estejam mortos.

Parvon Kher começa a desaparecer diante dos olhos de [[Atlan]], apesar do campo de imobilização. O Príncipe de Cristal tenta segurar Kher e também fica preso no hiperespaço. Os dois homens se encontram em um mundo alienígena, flutuando sobre um lago. Nesta realidade desabitada e irreal ficam os “fantasmas”, nos intervalos de suas lutas desgastantes. Os arcônidas criaram plantações nas margens do lago, para poderem se abastecer com frutas e não ter que passar fome. O maior problema é que a colheita só pode ser realizada nos poucos minutos de materialização.

Kher informa que o local e a hora da materialização não podem ser influenciados e, às vezes, até mesmo os mundos estéreis da quinta dimensão são visitados. Porém a materialização acontece pelo menos uma vez ao dia. Kraumon é um ponto de materialização entre três ou quatro.

Parvon Kher vai com [[Atlan]] até os outros arcônidas. Morvoner Sprangk se reúne com o Príncipe de Cristal. Em contraste com seus 500 companheiros, incluindo cerca de 30 maahks, ele ainda espera ser resgatado do seu dilema.

Quando a noite cai, a base dos arcônidas bidimensionais é atacada por quatro maahks. Também [[Atlan]] é forçado a se defender pela força das armas. Ele consegue repelir o ataque e matar os quatro maahks. Mas 40 arcônidas perdem suas vidas.

Pela manhã, Morvoner Sprangk e [[Atlan]] tentam voltar a Kraumon. Eles se concentram, em pensamento, na meta e realmente conseguem chegar ao planeta base. Os dois entram na sala de Fartuloon e podem ver o cirurgião de costas, sem que o mesmo note a sua presença.

Fartuloon trabalha em um plano para trazer definitivamente os fantasmas de volta ao universo normal, com a ajuda de uma explosão hiperenergética. Ao fazê-lo, ele prova que tem conhecimento hiperfísico para Gamno e Eiskralle, que dão todo o crédito ao cirurgião. Os preparativos para a operação de resgate – é claro que, principalmente, o resgate de [[Atlan]] – duram vários dias. Ele sempre volta a ter contato com os “fantasmas.” Fartuloon exige que arcônidas e maahks primeiro celebrem a paz, caso contrário, ele não os trará de volta ao espaço normal por meio do seu dispositivo técnico. Uma mensagem de [[Atlan]] diz que, se necessário, somente ele deve ser trazido de volta, porque ele acredita que os arcônidas e maahks estão irracionais e lutarão até o último homem.

[[Atlan]] é consegue fazer contato com os maahks e os coloca a par do plano de Fartuloon. Ele exorta os seres gigantes a acabar com a guerra. Os maahks rejeitam e ameaçam matar Atlan. Ele consegue deixar o acampamento dos maahks a tempo e chegar aos arcônidas.

Em Kraumon o alarme é disparado. Uma nave de vinte metros de comprimento, em forma de torpedo, voa para dentro do sistema. Este tipo de nave é utilizado pela POGIM (forças do serviço secreto imperial, a patrulha da polícia e do espaço) e pelos kralasenes. [[Atlan]], que observa o incidente, se desloca para bordo da espaçonave. Os três kralasenes, que pilotam a nave, estão seguido uma pista e voam para Kraumon. Ele não informa sobre sua descoberta. O Príncipe de Cristal sabota o equipamento de rádio e o propulsor dos caçadores, que caem em pouco tempo no sol vermelho.

Fartuloon dá início à sua experiência. O plano do cirurgião é bem-sucedido e todos os bidimensionais, maahks e arcônidas, se materializam em Kraumon e permanecem por lá. Mas eles também continuam a guerra. Depois de dois dias de combates, [[Atlan]] apresenta aos maahks uma oferta de paz, que é apoiada por Parvon Kher. Os maahks deixam de atirar e esperaram pelo que virá. Kher se aproveita deste momento e ordena a seus homens para atacar um pelotão de maahks. Cinco dos gigantes perecem no fogo concentrado, mas os dois maahks restantes, em seguida, organizam o massacre dos arcônidas. Apenas seis maahks sobrevivem à batalha e dos outrora 5.000 arcônidas, apenas 80 conseguem ver a luz da manhã seguinte.

Morvoner Sprangk é informado que [[Gonozal]] VII foi vítima de assassinato há quinze anos e que [[Atlan]] é o legítimo Príncipe de Cristal do Grande Império. Sprangk faz um juramento: “por [[Atlan]] e Árcon até a morte!” O pequeno grupo de rebeldes contra Orbanaschol III cresce, passando a contar agora com cinco pessoas.

Poucos dias depois, os arcônidas tentam se apossar da nave-disco. Os maahks, sem serem vistos, se aproximam e abrem fogo. Fartuloon envia robôs de combate, que intervém na luta para proteger a nave-disco. Eles não levam em consideração nenhuma das duas partes. Arcônidas e maahks se unem contra os robôs. Só depois dos últimos combatentes do antigo “exército fantasma” serem mortos, os robôs voltam à base. Os corpos dos mortos não ficam em Kraumon, mas se desmaterializam e voltam ao hiperespaço.

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