TECNOLOGIA DOS TRANSMISSORES SOLARES

Estação de ajuste

As estações de ajuste têm as seguintes funções:

  • Preservação do ajuste existente dos sóis do transmissor, para evitar uma ‘deriva’ dos mesmos e a necessidade de novos ajustes (PR 2515);

  • Contatar outras estações de ajuste para construir uma rede de transmissores;

  • Regular o transmissor solar para ‘envio’, ‘recepção’ ou ‘bloqueio’ (PR 231);

  • Para envio: ajuste do transmissor solar para a estação receptora desejada, bem como controlar e iniciar o processo de transporte;

  • Criar transmissores de situação para remover as cargas chegadas.

transmissor2Localização e construção da estação de ajuste

As estações de ajuste estão geralmente localizadas no subsolo de planetas próximos aos transmissores solares; principalmente em um dos polos ou no equador. O planeta correspondente é, por conseguinte, também chamado de planeta de ajuste. Ele pode orbitar o próprio transmissor solar, mas também, como no caso de Kahalo ou Mhargotam, estar a mais de 1.000 anos-luz de distância. A estação de ajuste pode estar em um planeta ou no espaço sideral, sob a forma de um satélite, natural ou artificial, nas proximidades do transmissor solar, como as estações PP-III, Temur Kharag.

As estações de ajuste incluem grandes computadores e agregados para ajustar os sóis, alojamentos para as tripulações, áreas de logística, oficinas e diversas centrais de controle dos componentes do transmissor solar.

O elemento mais visível e característico das estações de ajuste dos transmissores solares lemurenses fica do lado de fora da estação ou sobre a superfície do planeta acima da estação. São as pirâmides de ajuste para o controle energético da função de transmissão solar (PR Report 289). São pirâmides com 500 metros de altura e 578 metros de largura na base e corpo interno formado de metal Lêmur (PR 187, PR 2368). Cada estação de ajuste lemurense tem, pelo menos, três pirâmides de ajuste e, em alguns casos, também pode haver muitas mais. Muitas vezes, o número de pirâmides coincide com o número de sóis transmissores (PR 187, RP 214).

As últimas estações de ajuste lemurenses (PP-III) foram construídas sem as pirâmides de ajuste. O mesmo geralmente se aplica às estações de ajuste, mais tarde, construídas pelos SdG. Nelas, o controlo da função de transmissão dos sóis ocorre de outras formas (PR 2515, PR 2517). Como exemplo de estações de ajuste dos SdG, tem as duas estações de ajuste no equador e no polo norte de Quinta, relativas ao transmissor duplo Sheaddo, construído pelos lemurenses, e a estação de ajuste de Multika, do transmissor duplo Multika (PR 205, PR 2517). Também a estação de ajuste no interior do mundo oco Horror deve pertencer a este tipo (PR 206, PR 207).

A mais importante instalação interna da estação de ajuste é o salão de comutação primária. A partir dele é controlado o maquinário de ajuste dos sóis. A cúpula que geralmente recobre estes salões de comutação contem uma projeção tridimensional da Via Láctea ou de suas galáxias vizinhas. A partir de um console, em forma de ferradura, é selecionada a contraestação do transmissor de recepção; para isso, é usada uma espécie de 'trackball', que paira cerca de dois metros acima do console e que controla uma seta de indicação na projeção 3D. Os transmissores solares reconhecidos pela estação são exibidos como ícones coloridos na projeção 3D. Enquanto a seta não aponta para um transmissor solar, ele fica azul. Quando a seta passa pelo símbolo de um transmissor solar, ele fica evidenciado. Ele, então, permanece azul ('nenhum contato') ou fica roxo ('contato, mas sem ligação'). Então, o ajuste para o transmissor alvo é feito. Ele é concluído com êxito quando o ícone roxo se transforma em vermelho-alaranjado ('ligação') (PR 2368, PR 2515).

Tecnologia especial espectral

Em cooperação com os lemurenses, por volta de 50.000 aC, os sphero (povo) colaboram com os lemurenses, instalando elementos da tecnologia espectral em várias estações de ajuste no espaço vazio entre Apsuhol (Via Láctea) e Karahol (Andrômeda). A tecnologia híbrida propicia um desempenho muito mais elevado do que o fornecido pelos elementos originais lemurenses. Mas a tecnologia espectral foi usada muito mais para dar aos sphero uma opção exclusiva de controle sobre o transmissor solar afetado (PR 2395).

Transmissor de situação

Por meio de equipamentos adequados, as estações de ajuste também podem criar transmissores de situação externos aos transmissores solares, com a finalidade de enviar objetos para o campo de irradiação do transmissor solar, bem como captar os objetos saídos do campo de irradiação, para destinos próximos ou distantes. O transmissor de situação pode até mesmo transportar espaçonaves, com um alcance de até 50.000 anos-luz. Antes do aumento da hiperimpedância (1331 NCG), os transmissores de situação podiam transportar espaçonaves com tempo quase zero; mas, com o aumento da hiperimpedância, as naves são transportadas com um fator ultraluz de 15 milhões (PR 2515).

transmissor3TRANSMISSOR SOLAR

Constelações, condições e desempenho

Transmissores solares são compostos por, pelo menos, dois sóis, para poder criar um campo de transmissão no espaço livre entre os sóis. São conhecidos transmissores solares duplos, triplos, pentagonais, hexagonais e dodecagonais. Todos os transmissores solares, exceto os transmissores duplos, formam polígonos regulares.

Importante para o funcionamento desses transmissores, além do formato da constelação, é também a natureza dos sóis. Para o bom funcionamento, após a conclusão da instalação da constelação, eles devem ter suas hiper-radiações absolutamente idênticas. A maioria destes sóis parece verdadeiras duplicatas visuais. Com relação à hiper-radiação, isso também era verdade para o caso especial do transmissor Sol-Gêmeo, que consistia, visualmente, de duas estrelas de tipos completamente diferentes. Nem mesmo a mínima discrepância nas hiper-radiações é tolerada, devendo ser hiperfisicamente equilibradas durante a construção do transmissor solar.

Transmissores solares com um número maior de sóis são considerados mais poderosos (distâncias de transmissão maiores). No entanto, o esforço para ajustar o número correspondente de sóis é também muito maior. Por exemplo, não é possível superar distâncias intergalácticas com os transmissores solares duplos, de ajuste relativamente fácil (PR 2517). Por outro lado, como visto várias vezes, hexágonos solares são capazes de, pelo menos, formar uma ponte de transmissão única entre a Via Láctea e Andrômeda, distantes mais de dois milhões de anos-luz. Em pelo menos um caso muito particular houve uma transmissão intergaláctica por um relativamente transmissor triplo (Arqui-Tritrans), que irradiou um planeta duplo em 3460 (Terra-Lua) para o transmissor solar pentagonal Gercksvira (Andrômeda).

Campo de transmissão e zona de transmissão

Devido a particular conformação da constelação de sóis e seus idênticos campos de radiação, surge uma zona de transmissão na intersecção dos seus campos energéticos, a chamada elevação de transmissão. A matéria é irradiada por meio deste campo de transmissão. O campo de transmissão, normalmente com um diâmetro de vários milhões de quilômetros, possui uma cor característica, geralmente vermelho alaranjado ou violeta.

No transmissor de destino, a carapaça energética que cerca o objeto a ser transmitido desaparece e este rematerializa no espaço normal. Isto também ocorre dentro da zona de transmissão, que pode ficar distante do transmissor solar, por exemplo, diretamente sobre a estação de ajuste, onde estão localizadas as instalações adequadas à sua criação. Com uma adequada chave de impulsos, também é possível redirecionar um objeto recebido entre os sóis transmissores de recepção para uma zona de transmissão remota (PR 219, PR 225).

Os transmissores solares possuem uma massa mínima para serem ativados. O campo de transmissão somente reage a objetos voadores com massa acima de 11 kg – deixando de lado corpos celestes menores.

Caso especial – o Grande Transmissor da Lemúria

Antes da destruição do Grande Sistema Transmissor da [[Lemúria]], causada por uma espaçonave halutense, no ano 50.068 aC, os lemurenses conseguiam acionar e usar, diretamente a partir dali, o transmissor solar no centro da galáxia, distante 31.930 anos-luz, sem ter de passar pelo campo de transmissão em Kahalo (PR 265, Centauri 11). No sentido inverso, o transmissor gigante também servia como uma estação receptora.

O processo de transmissão

Primeiro é feito um ajuste. Para isso, as estações de ajuste, que contam com instalações adequadas (em sistemas lemurenses, as pirâmides de ajuste), sugam energia de cada um dos sóis. A partir daí, os enormes fluxos energéticos são canalizados através de mecanismos de controlo adequados. Cada transmissor pode ser ajustado, por meio de impulsos de catalisação hiperfísicos, para diferentes estações receptoras da rede de transmissores.

Em seguida, o corpo transportável voa para o campo de transmissão. Com a entrada de um grande corpo na intersecção (ponto de projeção) das linhas de força do campo de transmissão do transmissor solar, que sempre fica em stand-by, o objeto a ser transportado produz um pulso, que é enviado para o regulador na estação de ajuste. O regulador, equipamento circular com 10 metros de diâmetro e três metros de altura, é um aparelho altamente complicado, controlado através de uma miríade de instrumentos de medição. Ele também grava cada processo de transmissão. Com base no pulso enviado, o regulador classifica cada objeto transportável e libera a captação da quantidade de energia necessária para o transporte, que é sugada dos sóis reservatório que formam o transmissor solar propriamente dito. A energia precisamente calibrada envolve o objeto e o retira do continuum einsteiniano. A energia empregada e a estrutura da carapaça variam de acordo com o objeto, ao passo que a quantidade de energia é definida pela distância a ser superada pelo objeto. Visualmente, um observador vê um jato energético disparar para fora do campo de transmissão, envolver o objeto e 'puxá-lo' para o campo de transmissão. No transmissor de destino, mais especificamente na sua zona de transmissão, a carapaça energética geralmente é dissolvida e o objeto materializa novamente no espaço normal.

Construção dos transmissores solares

A grande maioria dos transmissores solares da Via Láctea foram projetados e construídos por equipes de engenheiros solares, lemurenses, neolemurenses ou tefrodenses. Todos entre cerca de 5.900 dT e 6.375 dT. Em Andrômeda, a construção dos transmissores solares ocorreu até 2.405 dC, realizada por engenheiros solares, neolemurenses e tefrodenses. Depois disso, nenhum transmissor solar foi mais construído (PR-TB 288, PR 275, PR 289, PR 290, PR 681).

O alinhamento dos sóis e a alteração das suas condições hiperfísicas são de importância central na construção dos transmissores solares e, muitas vezes, o que mais demora. Todos os sóis têm de ser uma imagem quase idêntica à do sol usado como base, cópias mais ou menos idênticas ao original. Não se sabe como isso era exatamente feito. Além disso, tem de ser assegurado que nenhum dos sóis saia de sua posição designada, caso contrário, rapidamente seria perdida a sincronização requerida para a operação do transmissor solar.

Os engenheiros solares, como seres energéticos, tinham uma grande afinidade com as estrelas. Não se sabe quais as técnicas empregadas pelos engenheiros solares para a construção das constelações solares. Devido à transferência de tecnologia, os lemurenses, neolemurenses e tefrodenses desenvolveram gradualmente o conhecimento para construir seus próprios transmissores solares e, até mesmo, para a produção de sóis adequados. A construção, pelo lado lemurense, era apoiada ou realizada pelas plataformas geradoras de impulsos de choque. Estas estações espaciais móveis, que tinham pirâmides de ajuste de ambos os lados, produziam enormes transmissores de situação que lhes permitiam mover sóis idênticos por longas distâncias, bem como ajustá-los, alinhá-los e fundi-los em constelações duplas, triplas ou pentagonais.

Os modernos povos da Via Láctea já não têm o conhecimento necessário para transportar, alinhar e ajustar hiperfisicamente os sóis. Então, a construção de transmissores solares não é mais possível.

Manutenção e reparação de um transmissor solar

Em comparação com a construção, a manutenção de transmissores solares é relativamente simples, desde que os componentes essenciais do transmissor solar (estação de ajuste, sóis) não sejam destruídos. É verdade que a Segunda Humanidade não pode mais construir transmissores solares, mas ela consegue movimentar os sóis e reajustá-los e, portanto, é possível reparar transmissores solares espacialmente desalinhados. Para isso são usados a tecnologia de semiespaço dos transmissores de situação e as relíquias lemurenses do passado que estão disponíveis, especialmente a plataforma geradora de impulsos de choque ZEUT-80. Além da reorientação das constelações solares, também são possíveis mínimos ajustamentos hiperfísicos de cada sol transmissor individual. Ligeiros desajustes hiperfísicos ocorreram principalmente como resultado do aumento da hiperimpedância após 1331 NCG. Outras consequências relativamente leves do aumento da hiperimpedância também puderam ser reparadas com os recursos disponíveis em 1463 [[NCG]] (PR 2515).

Durante a manutenção e reparação das estações de ajuste, a Segunda Humanidade teve alguns problemas técnicos, pois em 1463 [[NCG]] ainda não eram compreendidos todos os detalhes técnicos das estações de ajuste. Mas muitos reparos básicos para as instalações das estações de ajuste foram conseguidos. Durante o auge da era lemurense, muitos dos 111 Tamanes foram interligados por transmissores solares, o que acelerou consideravelmente o tráfego de espaçonaves entre os distritos administrativos. Através da transferência de tecnologia, a Primeira Humanidade ainda teve a oportunidade de até mesmo produzir sóis. Assim, foi criado artificialmente pelo menos um sistema estelar completo – o sistema Tarlora (PR-TB 396). O conhecimento e a construção de transmissores solares sem a ajuda dos engenheiros solares foi assumida, após a queda do Grande Tamane, pelos Senhores das Galáxias. Eles mandaram os agora dispensáveis engenheiros solares para Hoel, deixando-os construir mais alguns transmissores solares (PR 289). Os tefrodenses também receberam, através dos SdG, as bases tecnológicas para a criação de sóis (PR 275).

TIPOS DE TRANSMISSORES SOLARES

A característica mais marcante dos transmissores solares era geralmente o número de sóis do transmissor. O número de sóis é importante para a distância da transmissão.

Transmissores duplos

Existem vários pequenos transmissores compostos por apenas dois sóis. Em parte, estes pequenos transmissores são destinados, ao menos temporariamente, para funções especiais. Por exemplo, são conhecidas as armadilhas cósmicas representadas pelo Sistema Gêmeos (lemuriano: Sheaddo Duo), localizado no espaço vazio entre a Via Láctea e Andrômeda, e Tellox Duo, localizado em Ômega Centauri.

Um transmissor duplo especial foi o transmissor Sol-Gêmeo, formado pelo Sol e a microestrela anã Duende. Este transmissor foi construído em 3460, apenas temporariamente, para permitir que Terra e a [[Lua]] escapassem dos lares.

Transmissores triangulares

O próximo nível é composto por triângulos solares (transmissores triangulares). Uma característica marcante dos triângulos solares é a de normalmente serem construídos nos centros de aglomerados estelares ou em galáxias satélites; a razão para isso não se sabe exatamente.

Um caso especial é representado pelo Sistema Horror (lemuriano: Dri'ir Trio). O campo de recepção dos três sóis estava localizado dentro do planeta artificial oco Horror, que era cercado por seus três sóis. O campo de transmissão era projetado fora do planeta. Antes do avanço dos terranos em 2400, o Sistema Horror atuou como armadilha e sistema de extermínio para pessoas não autorizadas. Não se sabe se o Sistema Horror foi planejado, desde o início, como uma armadilha, ou se foi criado pelos SdG.

Transmissores quadrangulares

Não existem. A razão da existência de inúmeros arranjos triangulares e alguns pentagonais, mas nenhum arranjo quadrangular é desconhecida.

Transmissores pentagonais

São conhecidos quatro pentágonos solares: Gercksvira, Nabeg Penta, Temur Penta e Holoin Penta. O mais impressionante é a existência de uma ligação direta (unilateral) entre Gercksvira Penta, localizado em Andrômeda, e o Turbilhão Estelar; não se sabe se isso foi intencional. Igualmente impressionante é o fato de que Temur Penta dista apenas 7 anos-luz da muralha de 11 planetas (Yi-Roim), construída 1,2 milhão de anos atrás, pelos antigos/petronenses, como defesa contra o Suprahet.

Transmissores hexagonais

Existiram exatamente dois transmissores hexagonais, um no centro de Andrômeda e um perto de Kahalo, no centro da Via Láctea. Estes dois transmissores galactocêntricos foram os primeiros e, de longe, os mais importantes a serem construídos. Eles consistiam de seis sóis gigantes azuis, dispostos em um hexágono equilátero; eles formavam, naquela época, os únicos transmissores, com os quais era possível uma ligação direta entre as duas galáxias. Além deles, ainda havia um caminho de transmissores formado por vários transmissores solares menores, localizados no espaço vazio entre a Via Láctea e Andrômeda. Ambos os hexágonos solares foram destruídos.

Os transmissores hexagonais da Via Láctea e Andrômeda foram criados em Vario, por volta de 50.500 aC, a mando dos SdG, por dois grupos enviados para o passado, formados por engenheiros solares e pesquisadores temporais lemurenses. O pesquisador temporal Selaron Merota, na pele de seu alter ego Lesal Atorem, descobriu e explorou o hexágono solar no centro da Via Láctea em 50.373 aC. Em 50.350 aC, Lesal Atorem usou oficialmente, pela primeira vez, a rede de transmissores para chegar a Andrômeda com sua nave LÊMUR. Por meio deste paradoxo temporal, os lemurenses escaparam da Via Láctea para Andrômeda, onde criaram o Tamane Neolemurense, que foi controlado pelos SdG.

Ambos os hexágonos solares galactocêntricos foram destruídos, direta ou indiretamente, pelos terranos durante a guerra contra os Senhores das Galáxias. O hexágono solar em Andrômeda foi destruído pelo emprego do hiperinmestron, conduzido pela nave RAWANA, em 09 de julho de 2405. Com isso, os demais transmissores solares situados na rota entre Andrômeda e a Via Láctea ficaram, ao menos temporariamente, instáveis (PR 288, PR 291). O hexágono solar galactocêntrico da Via Láctea explodiu como resultado de desestabilização, formando uma supernova gigantesca, que também destruiu o mundo de ajuste remoto Kahalo, situado a 1.124 anos-luz de distância (PR 293).

Transmissor dodecagonal

O maior transmissor solar ainda existente, e bem conhecido, é localizado no inacessível aglomerado estelar Ômega Centauri (lemuriano: Hol Annasuntha, ou Ilha da Segurança), sendo formado por uma estrutura espacial composta por 20 sóis – o dodecágono Kharag, localizado no 38º Tamane, conhecido como Kharagtam. Ao todo, o dodecágono é composto pelo incrível número de 13 transmissores solares, arranjados em 12 transmissores pentagonais e um de 20 sóis. Todos os 13 transmissores solares são operados e controlados, de forma independente, a partir da estação de ajuste, o Mundo de Aço Kharag. As 12 zonas de transmissão das faces laterais são numeradas de I a XII. A zona de transmissão principal, bem no centro de todos os 20 sóis, é chamada de zona principal do transmissor. O dodecágono Kharag é considerado a estação central de distribuição de todos os transmissores solares localizados na Via Láctea.

O propósito original da dodecágono era avançar para as estrelas desaparecidas de Ômega Centauri. A construção foi iniciada em 6153 dha Tamar (50.250 aC). Mas nenhuma das expedições enviadas regressou. Em vez disso, surgiram massas de obsidia, hiperfisicamente ativas, na zona do transmissor. Quando, em 6204 dha Tamar (50.199 aC), o Grande Conselheiro Sardaengar também desapareceu sem deixar vestígios, durante uma dessas expedições, os experimentos foram descontinuados. O dodecágono também foi usado nos 150 anos seguintes, principalmente como laboratório (PR 2365, PR 2370-Comentário).

Nos anos seguintes a 1350 [[NCG]] o dodecágono Kharag, devido aos seus 13 transmissores individuais, foi reconfigurado como estação central de distribuição de todos os transmissores solares localizados na Via Láctea.

LOCALIZAÇÃO DOS TRANSMISSORES SOLARES

Os transmissores solares, no início do desenvolvimento desta tecnologia, mais de 50.000 anos atrás, foram construídos especialmente perto dos 111 mundos centrais dos Tamanes que compunham o Grande Tamane. Isto produziu uma elevada densidade de transmissores solares lemurenses. Segundo a imagem holográfica presente na estação de ajuste do dodecágono Kharag, no interior do Mundo de Aço Kharag, havia centenas de transmissores solares na Via Láctea, em Andrômeda e no espaço vazio entre elas. Na Via Láctea, os lemurenses e engenheiros solares construíram 227 transmissores solares. Este número inclui, provavelmente, os transmissores solares secretos (veja abaixo) (PR 2368).

Além dos transmissores lemurenses na Via Láctea e no espaço vazio, há um número desconhecido de transmissores solares adicionais, que foram construídos pelos lemurenses, neolemurenses e engenheiros solares em nome dos SdG em Andrômeda. O computador principal do transmissor Zhaklaan Trio, no ano 1463 [[NCG]], indicou dezenas de transmissores solares em Andrômeda, especialmente transmissores duplos, mas nem todos podiam ser contatados a partir de Zhaklaan Trio (PR 2515).

Nota: milhares de transmissores solares eram indicados na estação de ajuste do Sistema Gêmeos (PR 205).

Praticamente todos os 227 transmissores solares localizados na Via Láctea foram destruídos pelos halutenses, durante a Grande Guerra cerca de 50.000 anos atrás, por meio de fendas paratron. Os transmissores localizados fora da Via Láctea, no espaço vazio, aparentemente não foram afetados. Na Via Láctea, somente sobreviveram à guerra, sem danos, os transmissores solares secretos ou inacessíveis.

Arquivo lemurenses de transmissores solares

O arquivo do graunzeiro, em Tockton, foi considerado um diretório de todos os transmissores solares lemurenses oficialmente conhecidos, mas não dos secretos (PR 682). Após o fim dos lemurenses, a lista nunca mais foi atualizada, de modo que o arquivo se manteve no nível do ano 50.030 aC. A busca pela Terra, que desapareceu em 3.460 ao saltar do transmissor solar Sol-Gêmeo Duo para o transmissor [[Arqui-Tritrans]] Trio, levou à descoberta e verificação dos arquivos de Tockton. Até o transmissor Nagigal Trio era listado; mas as coordenadas do mesmo estavam erradas (PR 2365, PR 2366).

Em outubro de 1345 [[NCG]], como parte dos trabalhos preparatórios para a partida da Missão KombiTrans, realizados na secreta estação de controle Etuum, foi descoberto o circuito especial Tanta, contido no Mundo de Aço Kharag, a estação de ajuste do dodecágono Kharag, contendo os dados de posição e de ativação de 7 transmissores solares secretos dos lemurenses, dentro ou próximos à Via Láctea, que não foram listados nos arquivos de Tockton. Um golpe de sorte, pois, desta forma, foram encontrados transmissores solares escondidos, que não tinham sido destruídos pelos halutenses. Após a ativação, o circuito especial Tanta também forneceu os dados de ativação corretos para o transmissor Nagigal Trio (PR 2368).

TRANSMISSORES SOLARES CONHECIDOS

Transmissores solares em operação ou com esperança de reativação

A tabela a seguir lista os transmissores solares conhecidos em 1463 [[NCG]], os quais são capazes de: (a) enviar e receber; (b) apesar de estação de ajuste destruída, ainda podem receber; e (c) estão desajustados, mas, depois de um reajuste, podem ser novamente utilizados.

Via Láctea

[[Arqui-Tritrans]] (Tergham Trio): localizado no centro da Via Láctea, no antigo 81º Tamane. Estação de ajuste: satélite de controle PP-III. Distância ao Sol: 40.831 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Dadion Trio: localizado dentro de uma nebulosa escura de 3,8 anos-luz, na borda do aglomerado Jykarila, região sul da galáxia, no antigo 76º Tamane. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 41.247 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desajustado, precisando de reparo, fora de serviço.

Molanc Duo: localizado dentro de uma nebulosa escura de 2,1 anos-luz, na borda da região noroeste da galáxia, no antigo 44º Tamane. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 45.181 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desajustado, precisando de reparo, fora de serviço.

Nabeg Penta: localizado na borda da região sudeste da galáxia, no antigo 96º Tamane. Estação de ajuste: parede de 17 planetas. Distância ao Sol: 70.432 anos-luz. Situação em 1463 NCG: recuperado, pode receber e enviar.

Tzlapucha Trio: localizado no antigo 33º Tamane. Estação de ajuste: Chropanor. Distância ao Sol: 21.656 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desconhecida.

Vengil Trio: localizado dentro de uma nebulosa escura de 6,4 anos-luz, na borda do aglomerado Grymrel, região nordeste da galáxia, no antigo 83º Tamane. Estação de ajuste: Suaraan. Distância ao Sol: 47.963 anos-luz. Situação em 1463 NCG: recuperado, pode receber e enviar.

Halo da Via Láctea (até 90.000 anos-luz do centro galáctico)

Kharag Dodecágono: localizado no aglomerado globular Ômega Centauri, no antigo 38º Tamane – Kharagtam. Estação de ajuste: Mundo de Aço Kharag. Distância ao Sol: 16.856 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Mhargo Trio: localizado na galáxia satélite Mhargo (Sagitário), no antigo 105º Tamane – Mhagrotaman. Estação de ajuste: Mhargotam, a 1.445 anos-luz de Mhargo Trio. Distância ao Sol: 78.297 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Tellox Duo: no aglomerado globular Ômega Centauri, no antigo 38º Tamane – Kharagtam. Estação de ajuste: Tellox 1. Distância ao Sol: 17.000 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Temur Penta: localizado dentro da nebulosa escura Temur, de 7,1 anos-luz, no antigo 103º Tamane. Estação de ajuste: Gharzil, depois na estação Temur. Distância ao Sol: 77.810 anos-luz. Situação em 1463 NCG: pirâmides de ajuste destruídas.

Espaço vazio entre a Via Láctea e Andrômeda

Akia Trio: localizado em Ursa Menor. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 231.747 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Chuan Trio: localizado em Escultor. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 271.431 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desconhecida.

Ecloos Trio: localizado em Draco. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 238.070 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Gulver Duo: localizado no aglomerado globular Orellana. Estação de ajuste: Nova Lemúria. Distância ao Sol: 1.367.679 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Horror (Dri'ir Trio): localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: casca esférica mais interna do mundo oco Horror, bloqueada por campos defensivos. Distância ao Sol: 924.409 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Jiapho Duo: localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: Trixal. Distância ao Sol: 1.770.000 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Machid Trio: localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 1.769.000 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desconhecida.

Nagigal Trio: localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: Arcana Raphan. Distância ao Sol: 938.489 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Tror Duo: localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 960.951 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desconhecida.

Gêmeos (Sheaddo Duo): localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: Quinta, destruída em 2401. Distância ao Sol: 932.127 anos-luz. Situação em 1463 NCG: possivelmente pode receber.

Xesanes Trio: localizado no espaço vazio. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 947.119 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desconhecida.

Zhaklaan Trio: localizado em And II. Estação de ajuste: Zhak. Distância ao Sol: 1.762.000 anos-luz. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Halo de Andrômeda (até 500.000 anos-luz do centro galáctico)

Não são conhecidos

Andrômeda

Holoin Penta: localizado na Nebulosa Kota. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao centro de Andrômeda: desconhecida. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Nysoor Penta (Gercksvira): localizado em Andrômeda. Estação de ajuste: Peschnath. Distância ao centro de Andrômeda: 71.788 anos-luz. Situação em 1463 NCG: desconhecida.

Multika Duo: localizado no centro galáctico. Estação de ajuste: Multika. Distância ao centro de Andrômeda: desconhecida. Situação em 1463 NCG: em operação, pode receber e enviar.

Transmissores solares destruídos

A próxima lista contém todos os transmissores solares destruídos e todos os irremediavelmente desajustados.

Via Láctea

Amagathrom Trio: localizado nas imediações do centro galáctico, na orla do grupo estelar Themis. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 23.032 anos-luz. Estação de ajuste destruída, desajustado e sem reparação possível.

Transmissor Central Galáctico Hexagonal: localizado no centro da galáxia. Estação de ajuste: Kahalo (Tanta III). Distância ao Sol: 31.930 anos-luz. Transformado em supernova em 2405; a estação de ajuste explodiu.

Gothmon Trio: localizado nas estrelas Cíclades. Estação de ajuste: 43º Tamane. Distância ao Sol: 36.352 anos-luz. Estação de ajuste destruída, desajustado e sem reparação possível.

Perpan Duo: localizado em uma nebulosa escura, no antigo 64º Tamane. Estação de ajuste: desconhecida. Distância ao Sol: 27.356 anos-luz. Estação de ajuste aniquilada em 50.009 aC; transmissor virou nova em 8.000 aC.

Sol-Gêmeo: localizado no sistema solar. Estação de ajuste: Observador I. Distância ao Sol: zero. Dissolvido após o retorno da Terra e da [[Lua]] para o sistema solar ([[Grande Plano]] de AQUILO).

Ulbradan Trio: localizado no arquipélago estelar Hayok, no antigo 21º Tamane. Estação de ajuste: Hayok (Atrut). Distância ao Sol: 9.220 anos-luz. Transmissor aniquilado há 50.000 anos; estação de ajuste destruída em 1345 NCG.

Halo da Via Láctea (até 90.000 anos-luz do centro galáctico)

Misaam Duo: localizado no setor Simban. Estação de ajuste: Roost (Heeltro II). Distância ao Sol: 80.701 anos-luz. Totalmente destruído.

Espaço vazio entre a Via Láctea e Andrômeda

Shotgun (Kulloch Duo): localizado no vazio intergaláctico. Estação de ajuste: Kulloch; após a destruição, Califa de Bagdá. Distância ao Sol: 1.780.813 anos-luz. Virou nova em 2405.

Halo de Andrômeda (até 500.000 anos-luz do centro galáctico)

Andro Alfa Trio: localizado no centro de Andro Alfa. Estação de ajuste: Alpha-Zentra. Distância ao centro de Andrômeda: 200.000 anos-luz. Destruído em 2404.

[[Andro-Beta]] (Ygloa Trio): localizado no centro de Andro Beta. Estação de ajuste: grande planeta, orbitando todos os três sóis. Distância ao centro de Andrômeda: 200.000 anos-luz. Destruído em 2402.

Andrômeda

Andrômeda Hexa: localizado no centro da galáxia. Estação de ajuste: mundo de oxigênio do tamanho da Terra, poucos anos-luz distante do transmissor. Distância ao Sol: 2.199.786 anos-luz. Transformado em supernova em 2405; a estação de ajuste explodiu.

MISTERIOSAS CONEXÕES

Transmissões de envio que, inesperadamente, não acabavam na zona de transmissão de destino, mas em algum lugar muito distante. A mais conhecida destas ligações é o Turbilhão Estelar.

Turbilhão Estelar

O transmissor pentagonal Gercksvira (lemuriano: Nysoor Penta), em Andrômeda, possui uma enigmática ligação com o [[Turbilhão Estelar]], distante 501 milhões anos-luz.

Em 50.025 aC, uma frota de 22.000 naves lemurenses desapareceu durante o transporte de Nysoor Penta (Gercksvira) para Kahalo. Estas naves foram descobertas no Turbilhão em 3460.

O molkex da Via Láctea foi enviado, através do transmissor [[Arqui-Tritrans]] Trio, para o transmissor Gercksvira Penta e, em seguida, transferido de lá para o Turbilhão, sendo enviado através do [[Abismo]] para o planeta Gragh-Schanath.

Quando os terranos tentaram, em 3460, enviar a Terra e a [[Lua]] através do transmissor Sol-Gêmeo, para o transmissor [[Arqui-Tritrans]] Trio, a fim de se livrar da ameaça do [[Hetos dos Sete]], o mundo duplo foi retransmitido para Gercksvira, que os enviou para Turbilhão Estelar.

Ao estudar Gercksvira Penta, em 3460, vários técnicos em transmissão terranos foram enviados para o local das 22.000 naves lemurenses naufragas no Turbilhão.

Prisão Estelar em Chearth

Um comboio formado por cerca de 100 naves maahks em fuga, lideradas por Grek-1 a bordo da nave-capitânia KULLOCH, por volta de 50.000 aC, materializou em um transmissor solar no centro de um aglomerado globular da Via Láctea. Depois de atacados ao longo de todo o dia por naves halutenses, e de terem sofrido pesadas perdas, finalmente tentaram fugir através de um transmissor solar triangular.

Durante o processo de transmissão, os halutenses destruíram o transmissor triangular. Devido às descargas hiperenergéticas, o instável transmissor solar não remeteu as espaçonaves para o destino programado. 60 naves de refugiados rematerializaram em uma aglomeração de 60 sóis, mais tarde conhecida como Prisão Estelar, localizada na galáxia Chearth, a 15 milhões de anos-luz de distância.