Então, uma pequena pesquisa. “Egito” em Perry Rhodan geralmente significa “Cairo”. Esta cidade desempenhou um papel no episódio 2 – depois de não ocorrida a III Guerra Mundial, encontra-se ali, numa reunião convocada às pressas, os presidentes das potências mundiais, onde proclamaram Perry Rhodan o inimigo público número 1. Não aprendemos mais nada sobre o Cairo.

Na época, se pensou pouco, agora nos parece bastante duvidosa. No ano de 1961, quando o romance foi escrito, Gamal Nasser Adbel foi presidente egípcio e o país era pouco mais do que um Estado satélite da União Soviética. Não deveria esta conferência ter ocorrido em um território neutro? (É claro, o romance foi ambientado no verão de 1971, e já havia Sadat no poder, que libertaria o país da ligação com a União Soviética e abriria o mesmo para o ocidente. Provavelmente os primeiros escritores de PR não eram tão proféticos a esse ponto.)

Cairo recebe novamente um tipo de papel político, em 3442 dC. Lá durante a guerra de mentira em “Campo de Batalha Terra” na crise do Enxame, é a sede das, obviamente fictícias, forças de combate do império afro-asiático que está sob o comando do general Goubar Nandese (ver PR 552). Novamente, sobre o Cairo em si, não aprendemos nada.

Nós veremos novamente (no volume 853 e no ano 3585 dC), apenas 143 anos depois junto com Ronald Tekener. A cidade do Cairo é destruída e despovoada:

Citação:

Cairo é uma cidade, não é? — perguntou Partmann Gogh.

Cairo foi uma cidade — respondeu o portador de ativador. — Agora é apenas um amontoado de casas, ruínas e destroços. A cidade está semidestruída. Colunas de robôs e especialistas vão torná-la habitável novamente.

A cidade oferecia um quadro caótico. Poeira e areia cobriam as ruas e as casas. Quase todas as janelas estavam quebradas, e muitos edifícios tinham desabado. Era como se a cidade do Cairo tivesse sido atingida por um terremoto. Em todos os lugares, robôs de vários tipos trabalhavam para eliminar as fontes de perigo, transportavam detritos e tornavam as casas habitáveis novamente. Eles frequentemente expunham as linhas de abastecimento subterrâneas para repará-las ou construir linhas adicionais. Não havia pessoas à vista.

Vai levar muito tempo até que a cidade torne-se habitável novamente — disse Janok Kay.

E vai levar muito tempo até encontrarmos tantas pessoas que possam encher as cidades de vida — disse Tekener. Ele deixou o planador cair e pousou perto da máquina de Throynbee.

Bem, o deslocamento da Terra do Turbilhão Estelar no ano de 3460 dC. e o repatriamento dentro do âmbito do “Projeto Peregrinador” algo mais de 120 anos após... lá foi muito abalada. (Você pode ver a propósito, que H. G. Francis, que escreveu o romance, nunca foi ao Cairo – Ela não tem nenhum tipo de sabor local)1

Em setembro de 1469 NCG Cairo é de fato uma outra cidade importante. Há (e, em seguida, novamente em Mumbai) uma transferência de Shamsur Routh, no volume 2604, depois que ela procurou sua filha, Anicee Ybarn, em Hamburgo e depois Terrânia, porque a rota sobre Moscou “por razões desconhecidas” estava bloqueada. Sim, os russos... sobre o Cairo, não aprendemos nada.

Isso não é muito, na verdade. É por isso que haverá no próximo Infotransmitter, que também traduzirei, um suplemento muito interessante que é discutido a partir do jogo de role-playing da Liga dos Terranos Livres de Perry Rhodan. Mas nesse IG não dá mais, caso contrário essa seção seria ainda maior do que o último IG!

Rainer Naigel, Infotransmitter de 20 de janeiro de 2015

Tradução divulgada no Informátivo Galáctico (IG) 3, em Junho de 2015.

1 E Naigel foi; ele tinha acabado de voltar de férias quando escreveu esse Infotransmitter em Janeiro de 2015!