Tifflor sugere dirigirem-se para o planeta Ketchorr para aprenderem mais sobre o povo dos nevevers e, por fim, sobre a própria Sonhadora. O shuuke tem outra opinião e argumenta que os povos de Puydor devem ser avisados primeiro. Mesmo se a Sonhadora quiser desfechar seu ataque contra a Via Láctea, ela deverá antes recrutar suas forças em Puydor. Porém, se as raças de lá forem avisadas e se mobilizarem contra Jii'Nevever, então isso também será vantajoso para a Via Láctea e seus povos. Os imortais concordam com os argumentos do shuuke. Como primeiro destino, Ramman Orneko propõe um planeta dos ginkoos. Esses mercadores são conhecidos por ter bons contatos, o que poderia ser bastante útil para os objetivos traçados.

A Ingorue toma o curso do sistema Angeemo, cujo quarto planeta, Zovork, é considerado o mundo principal dos ginkoos. Quando a Ingorue chega ao sistema Angeemo, ela recebe imediatamente permissão de pouso. Em Zovork, asim como em todos os outros mundos comerciais de Puydor, os cronautas gozam de alto prestígio, o que tem a ver em primeiro lugar com o trônio-azinte que os cronautas colocam à venda em todas as partes da galáxia. Quando Icho Tolot, Gucky e Julian Tifflor são recebidos por uma delegação do governo dos ginkoos, o aviso sobre Jii'Nevever é mal interpretado. Os ginkoos pensam que os três imortais vendem trônio-azinte e com sua história pretendem apenas iniciar negociações. Logo fica claro que mais conversações não levariam a lugar algum. Os ginkoos não acreditam na história dos imortais.

Além disso, Gucky registra os primeiros impulsos de Jii'Nevever, que já começava a espalhar sua influência sobre Zovork. A Ingorue parte antes que as coisas fiquem piores e toma agora o curso do sistema Artirur, o lar dos nevevers. Para alcançar o sistema, a Ingorue tem que atravessar o centro da galáxia, um lugar de hiperdistúrbios imprevisíveis. Icho Tolot, ainda machucado pelo ataque traiçoeiro de Jii'Nevever, desde sua estada em Curayo vinha se recolhendo frequentemente e ficando sozinho para se recuperar. O halutense sente-se cansado e seu sistema imunológico ainda está enfraquecido. Quando ele mais uma vez se retira a bordo da Ingorue, tem a sensação de ouvir um chamado tentador. Quando o halutense finalmente desperta de sua meditação, a sensação desaparece.

Quando a Ingorue enfim tem o segundo planeta ao alcance dos medidores, o lar dos nevevers aparece como um mundo desértico e seco. As reservas de água do planeta estão quase completamente esgotadas. De acordo com a positrônica da Ingorue, ainda vivem cerca de 2,4 milhões de nevevers no mundo desértico. Quando Ramman Orneko chama o planeta por rádio, o shuuke só recebe resposta depois de uma hora. Não é nenhum nevever que se apresenta, mas sim um mercador do povo dos koraws chamado Hotch-Kotta. Quando Gucky e Julian Tifflor vão se encontrar com o koraw após o pouso, Icho Tolot surge de repente em um traje pressurizado e imediatamente começa a correr pela paisagem desértica do planeta. Gucky e Julian Tifflor ficam surpresos, mas acreditam que o halutense quer simplesmente se exercitar. Na verdade, o procedimento de Icho Tolot não tinha nada a ver com um traje pressurizado, mas com os chamados insistentes que ele agora recebia com muito mais intensidade do que antes a bordo da Ingorue.

Tolot, que estava bem ciente dos efeitos dos impulsos mentais, decide ir atrás da causa de sua origem. O halutense acaba deparando-se na paisagem desértica com uma estrutura, aparentemente parte de uma instalação técnica, que de repente se ergue da areia do deserto. A base da estrutura chega a praticamente 600 metros. Quando a estrutura em forma de coroa finalmente atinge uma altura de 300 metros, uma estranha forma sai flutuando do meio da plataforma em direção a Tolot. Ao mesmo tempo cessam os impulsos chamarizes. A criatura de forma ligeiramente humanoide, que possui uma cabeça de ave de rapina com uma espora de aspecto ameaçador nos ombros, parte para o ataque após uma ligeira hesitação. Tolot percebe aterrorizado que ele não daria conta da força da criatura. O ser, que se chama de “Mãe”, vence Icho Tolot no duelo, deposita dois ovos no corpo do halutense através de um golpe com a espora e morre em seguida. Os dois ovos mostram estar extremamente bem protegidos. Icho Tolot não consegue remover os corpos estranhos.

Enquanto Tolot retorna após esse encontro no deserto, Gucky e Julian Tifflor encontram os nevevers. A semelhança com Jii'Nevever chama a atenção à primeira vista. Os nevevers são pacíficos e solícitos, entretanto a comunicação com o estranho povo mostra-se bem difícil. Gucky tem dificuldades em compreender o conteúdo dos pensamentos dos nevevers e empregar suas paracapacidades. Por diversas vezes ele capta a expressão Ashgavanogh, porém não consegue entender o sentido desse nome. Os nevevers por sua vez não respondem a todas as perguntas que envolvem Jii'Nevever.

Tensos, Gucky e Julian Tifflor observam como os nevevers entram num estranho ritual. Eles armam-se com facas e lanças, e partem para uma caçada. O alvo dos nevevers são grandes criaturas insetoides que vivem no deserto. Quando os nevevers trazem os animais mortos para o local das duas espaçonaves e depositam-nos ali, surgem logo depois outros animais, enormes seres semelhantes a serpentes. Para Gucky e Julian Tifflor fica claro que os insetoides mortos servem como iscas para as serpentes. Quanto os nevevers matam as serpentes, eles cozinham um caldo com o sangue e a carne, e o estranho rito prossegue. Gucky encontra então a causa para a obstrução de suas paracapacidades. As serpentes trazem em seus órgãos internos pedras preciosas enriquecidas com trônio-azinte.

Enquanto os nevevers começam uma estranha dança, Tolot luta pela sobrevivência. As sementes colocadas em seu corpo crescem rapidamente, mais depressa do que o halutense imaginava. Desesperado, ele penetra na estrutura subterrânea da qual a criatura surgiu. Ele encontra uma gigantesca instalação técnica que deve ter milhares de anos de idade. Tolot consegue encontrar uma positrônica que fornece-lhe informações importantes. De acordo com elas, a criatura que se chamava de “Mãe” pertencia à raça dos obbythes. Os obbythes tinham erguido a gigantesca instalação para repelir uma ameaça em potencial vinda de um universo vizinho. Porém, esse problema jamais surgiu, e a instalação começou a deteriorar-se lentamente ao longo dos milênios.

Tolot descobre que ele tornara-se o hospedeiro dos dois últimos exemplares desse povo, e o ataque da “Mãe” foi apenas uma última tentativa desesperada de conservar sua raça. A “Mãe” já vinha esperando há muitos séculos por um ser com a constituição de Tolot e tinha esgotado quase todas as suas forças. Na luta contra Tolot, a “Mãe” havia mobilizado todas as suas energias e morrera logo depois de ter colocado os ovos no corpo do halutense. Quando as sementes começam a crescer em Tolot, ocorre até mesmo uma comunicação mental com os embriões. Tolot entra em conflito. Seu instinto de sobrevivência luta com sua atitude moral. Para o halutense está claro que ele morreria com um crescimento maior dos embriões. O destino entra em cena e tira a decisão do halutense. Seu sistema imunológico regenerado e fortalecido pelo ativador celular mata as duas sementes. Enfraquecido, porém vivo, Tolot volta para junto de seus amigos, que observam a estranha dança dos nevevers.

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