O caminho de Quiniu Soptor

Embora Rico pareça assustador, o desejo dela de deixar a Terra é ainda maior. Quando os humanos invadem a cúpula subaquática, ela e Rico fogem pelo transmissor. No processo, o robô fica tão danificado que precisa fazer uma pausa para regeneração no primeiro destino do transmissor, em Torran-Gar. É um mundo no filamento Akkrun, fora da Ilha Deserta. Quando Quiniu descobre que retornaram cerca de dez mil anos no passado, ela percebe que a Guerra do Metano está em curso. Ela não pode nem mesmo pensar em uma civilização capaz de criar uma maravilha como os transmissores. Além disso, seu companheiro diz que só ali ele pode encontrar acesso ao próximo mundo. Mas os dois só podem permanecer pouco tempo no local atual. Rico detectou a chegada de uma nave dos dourados, sobre os quais ele não fala nada bem. No último segundo, eles conseguem fugir através do transmissor.

Em Peregrino, a meio arcônida e o robô saem do transmissor. Homunk, o guardião da cidade de AQUILO, recebe Rico como um bom amigo, mas expressa seu desagrado com a presença de Quiniu. Rico, que a defende como sua salvadora, exige a hospitalidade de Homunk. Ele manda a indesejável ser levada por Jymenah, uma anã, para uma acomodação. Rico adverte sua companheira da irascibilidade da anã. Depois de ser questionada por Jymenah sobre Callibso, que ela não conhece, Quiniu faz uma declaração descuidada sobre AQUILO e experimenta a raiva da anã. Ela toma a tempo a decisão de fugir de Peregrino, recebendo ajuda inesperada de três ilts. Com isso, Iki, Muf e Gimm querem provocar Homunk. Este gostaria muito de matar os ilts, mas eles estão sob a proteção de AQUILO. Sob o urro de raiva de Jymenah, ela atravessa o arco-transmissor. Como despedida, Gimm ainda lhe pede para contar a Plofre sobre os ilts, caso ela o encontre.

O próximo destino dela não fornece a segurança que Quiniu esperava. Uma colônia, aparentemente arcônida, é derretida por energias inimagináveis. Ela se salva do calor ao entrar num pequeno campo defensivo, sob o qual alguns habitantes locais já se ocultaram. Ela se encontra com Tairak Lerdan, o carismático e bonito líder do grupo, que a informa onde ela se encontra e quem são os atacantes. O planeta Tainan é alvo de retaliação dos metanitas, porque, a partir dali, três dos seus centros de reprodução foram eliminados. Mas os refugiados também não escapam dos inimigos. Eles são levados para uma das suas naves e conduzidos para o planeta Iskolart, situado em uma nebulosa escura em um aglomerado globular. De nada serve a feroz luta de defesa de Lerdan, que destrói alguns robôs civis dos metanitas com um estranho anel, sem nenhum gasto energético visível. Um anel que parece se liquefazer, como mercúrio, e depois se solidifica novamente.

Em Iskolart, os prisioneiros são necessários para experimentos de laboratório, dos quais eles retornam, modificados, confusos e sem dizer nada. Tairak Lerdan, por quem Soptor agora se sente atraída, não reaparece. Finalmente, Quiniu também é levada para o laboratório. Para os cientistas metanitas, obviamente ela é algo especial. Grek-2, Lerusk está convencido de que a targelonense vai permitir que ele complete sua pesquisa. Ele até mesmo explica para ela qual é sua pesquisa. Ele tenta transferir a psique de um indivíduo para um tarkanchar. Na verdade, o projeto parece ter sucesso, gerando apenas pequenos problemas para o cientista, mas grandes para Quiniu. Pouco antes de suas memórias e percepções serem despedaçados, ela percebe que Tairak Lerdan se aproxima do aparelho experimental e fala com Lerusk no idioma metanita. Na pilha de escombros que restou de sua mente, parece ter surgido para ela um estranho chamado Ernst Ellert, que prometeu salvá-la.

Na verdade, pouco depois, um metanita invulgarmente pequeno entra no laboratório. Trata-se do transformado Rico, que vem em busca de Quiniu Soptor, para resgatá-la. No laboratório, ele se depara com Tairak Lerdan, que ele reconhece ser Pranav Ketar, ao qual ele parece associar uma imensa aversão. Rico e sua protegida fogem através de um transmissor de Iskolart, chegando na Atlântida, pouco antes do destrutivo ataque metanita. Ele deixa Quiniu Soptor aos cuidados de Crest, Tatiana Michalovna e Trker-Hon.

De acordo com a história de Soptor, pode-se dizer certas coisas com certeza. Deve-se desconfiar das intenções e dos métodos de AQUILO. E também os dourados parecem influenciar o destino da Galáxia ao longo do tempo e do espaço. Pranav Ketar, um dos dourados, aparentemente se opõe aos humanoides na Luta. O anel que ele levava na nave metanita, enquanto travestido de Tairak Lerdan, é semelhante ao que Sergh da Teffron usou para envenenar o naat Sayoaard e, adicionalmente, infectá-lo com o vírus que atacou os mutantes, culminando na Crise Gênese. Como a Mão do Regente não podia saber sobre os mutantes da Terra, Pranav Ketar deve ser o originador de todos os problemas. Deste modo, John Marshall encontra a primeira pista sobre o ataque aos mutantes. A busca tem de começar em Marte, o local onde o dourado sacrificou as adormecidas.

 

Chetzkel e o cantor negro

Mais uma vez, Chetzkel não conseguiu se livrar do Zelador Satrak. Apesar da falta de assistência, o istrahirano parece saudável e bem-disposto. Por isso, ele aceita o conselho sarcástico de seu superior para se afastar um pouco dos afazeres militares diários. Com o pretexto de avançar o programa de cooptação de humanos, ele leva quatro prisioneiros, na AGEDEN V, para o Cinturão de Kuiper, onde, de acordo com o diário de bordo do comandante Cerbu, há uma estação abandonada. O comandante da IGITA encontrou o cantor negro 10.000 anos antes, em uma rocha que os humanos mais tarde batizariam de Disnomia, uma lua de Eris. Um dos quatro humanos é Ekene Munashe, um codinome para Ras Tschubai. Suspeitando de seu talento mutante, Chetzkel o agarrou furtivamente. E, de fato, Tschubai tem um talento especial. Ele é um auscultador. Com base nos registros de Cerbu, isto é muito conveniente para o reekha, porque o acesso à estação é feito através de um bloqueio acústico. Apesar da positrônica da corveta não encontrar nenhum indício de sinais artificiais, o mutante pode ouvir sequências de sons semelhantes a música, que reporta para Chetzkel. Este só estava à espera disso para ordenar a exploração do local. Graças às habilidades de Tschubai, o esquadrão penetra na estação. Esta é muito estranha, até mesmo para os experientes astronautas arcônidas, não só devido à estranha malha de metal que permeia paredes e salas, que desaparece quando os intrusos voltam sua atenção para outra coisa, e o material das paredes, que parece engolir a própria luz, mas também porque a estação suga a energia de todos os sistemas técnicos. Então o esquadrão faz uma descoberta horrível. Eles acham mortos aparentemente mumificados pendurados nas malhas metálicas. Um exame mais aprofundado, pelo médico Sabur e por Frederik Andersson, um preso sueco, conclui que os mortos têm uma cobertura feita de um material robusto e claro que parece permitir sua existência no vácuo. O fato de se encontrar um modelo da Terra da época da Atlântida e que os cadáveres possuem costelas faz com que Chetzkel perca a compostura. Ele ameaça Ras Tschubai, querendo saber dele o que os humanos têm a esconder. Embora haja alguns fatos contrários a que os humanos conheçam a estação, o reekha está prestes a matar o mutante. De repente, o esquadrão é atacado por uma arma desconhecida, que aparentemente dispara núcleos gravitacionais. Os atacantes são exatamente aqueles considerados mortos há pouco. Estes forçam Chetzkel e seu comando para fora da estação. Ras Tschubai, Frederik Andersson e o arcônida Lorir são deixados para trás. Chegando à AGEDEN V, o reekha ordena o bombardeio da entrada, mas isso aciona um mecanismo de defesa que revida, o que quase causa a destruição da corveta e de Disnomia. De repente, Chetzkel se vê como um perdedor. O mutante e o cantor negro estão perdidos.

Os deixados para trás, Tschubai, Andersson e Lorir, são transportados pelos habitantes locais para o interior da estação, onde, para surpresa do mutante, seu tradutor rapidamente encontra acesso à língua dos seres enigmáticos. Ele apresenta termos como orristan, Adormecido da Eternidade, halaton, mundos frios e outros. Como esperado, a cobertura extremamente dura dos estranhos parece ser um traje de sobrevivência no vácuo. Aparentemente, eles não são hostis aos humanos.

Nota: Para o cientista metanita Grek-2, o autor usa diferentes grafias: Grek 2, Lerusk; Grek-2 Lerusk; ou apenas Lerusk.

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