O termo Perryverso (Perryversum) refere-se ao ‘universo’ (espaço e tempo) referente aos romances de ficção no qual se passam as aventuras dos protagonistas das diversas séries [[Atlan]] e Perry Rhodan. Em contraste, a realidade aqui é referida como o mundo real.

Este artigo se destina a fornecer apenas uma visão geral das relações e estruturas do Perryversum.

Nota: O Perryversum não deve ser confundido com o multiverso. O Perryversum é um conceito literário do mundo real. Ele não é usado dentro dos romances. O multiverso, que é usado como um conceito dentro dos romances, se refere à totalidade dos universos existentes dentro do Perryversum.

Surgimento do conceito

Não se conseguiu identificar claramente quem criou o termo ‘Perryversum’ pela primeira vez. As primeiras utilizações surgiram por volta de 08 de janeiro de 1998; por outro lado, em 2 de outubro de 1997, foi utilizado pela primeira vez o termo ‘PerryVersum’.

Generalidades

Desde o começo, o Perryversum foi muito mais do que um pano de fundo para as aventuras de [[Perry Rhodan]] e seus amigos. Ele foi criado para ter coerência interna, embora existam várias e grandes inconsistências. Isto ocorre porque nem todas as publicações possuem a mesma relevância para a composição do Perryversum; além disso, também existem várias contradições e erros de autor, mesmo nas fontes primárias.

Desde sua criação, a cosmologia foi mais bem detalhada, as tecnologias foram mais cuidadosamente descritas, muitos povos foram introduzidos na série – a maioria com um longo desenvolvimento histórico – e assim por diante. O Perryversum continua a crescer à medida que novas áreas do multiverso são exploradas, que surgem novas constelações e que as relações entre os povos são aprimoradas, o que muitas vezes é associado a um conflito armado.

Assim, o Perryversum inclui a totalidade da agora altamente complexa soma de todas as informações contidas nas publicações desde 1961.

Ele difere em muitos aspectos do mundo real.

HISTÓRIA

Os eventos ficcionais que começaram no ano de 1971 já foram amplamente ultrapassados pela realidade e diferem dos eventos reais. Assim, o primeiro pouso na [[Lua]] que ocorreu em 1971 no Perryversum, acabou ocorrendo em 21 de julho 1969 no mundo real – infelizmente sem que uma espaçonave arcônida fosse descoberta. Além disso, as relações de poder daquele período no Perryversum diferem significativamente daquelas do mundo real. Os grandes antagonistas políticos no Perryversum não eram os EUA e URSS, mas o Bloco Ocidental e a Federação Asiática.

A Terra do Perryversum era habitada há mais de 50.000 anos por um povo tecnicamente avançado que surgiu por aqui: os lemurenses. Os lemurenses se espalharam por toda a Via Láctea, mas quase foram exterminados em uma terrível guerra. No entanto, no Perryversum, nem todas as criaturas humanoides descendem dos lemurenses, mas sim dos V'Aupertir, um povo que não se originou na Terra.

O Perryversum explora com sua história de ficção, entre outras coisas, uma explicação para o mito da Atlântida: este continente, bem como o Oceano Atlântico, foram nomeados em homenagem a [[Atlan]], um homem do povo arcônida, que havia colonizado a Terra no 9º milênio aC.

Atualmente o Perryversum se encontra no ano 1.514 [[NCG]], que corresponde ao ano 5101 dC.

COSMOLOGIA

Código Moral e seres superiores

O código Moral é crucial para o desenvolvimento do multiverso na série Perry Rhodan. No Perryversum é assumida a existência de estruturas psíquicas de informação de alta complexidade, referidas como Cosmonucleotídeos. Eles são os componentes dos Cosmogenes, que conformam todo o multiverso e determinam a forma como se manifestam as leis da natureza.

No Perryversum há também o assim chamado modelo das cascas de cebola, que define entidades superiores, em grande parte inexploradas, cujo desenvolvimento supera em muito o das civilizações que dominam a navegação espacial. As superinteligências positivas e negativas, as Fontes e Sumidouros de Matéria e os Poderes Superiores são seres que controlam e intervém (muitas vezes no contexto de planos de longo prazo) na história do universo. As superinteligências comandam áreas distintas, chamadas de concentrações de poder, e reúnem vários povos auxiliares ao seu redor. Assim, muitos povos agem em nome de poderes que atingiram um estágio superior de desenvolvimento.

Também para os terranos isso é verdade até certo ponto. A Via Láctea e outras galáxias do Grupo Local fazem parte da concentração de poder da superinteligência [[AQUILO]], cuja sede fica no mundo artificial Peregrino. Muitas vezes referido como ‘mentor da humanidade’ a entidade sempre fornece tecnologias valiosas e dicas importantes (muitas vezes intrigantes) para [[Perry Rhodan]] e seus amigos. Desde o começo, a relação entre [[AQUILO]] e a Humanidade geralmente foi marcada pelo humor estranho da superinteligência, por isso, mais tarde, os homens se sentiam apadrinhados e enganados. Sempre foi tarefa de [[Perry Rhodan]] agir em nome de AQUILO. Sempre que a entidade estava em situação de risco, geralmente era o terrano que tinha de ajudá-la.

Um exemplo atual da intervenção de seres superiores no cotidiano das pessoas é as medidas tomadas pelos Cosmocratas contra a própria propagação da vida. Isso incluiu o aumento de uma das constantes universais: a hiperimpedância. O conflito interminável entre os Cosmocratas e os Caotarcas – simplistamente chamados de Forças da Ordem e do Caos – se desdobrou recentemente para as galáxias do Grupo Local, o que ocorreu por meio do ataque da Coluna Terminal TRAITOR1 , que deveria culminar com o estabelecimento de uma negasfera2 na galáxia Hangay.

Universos e dimensões

Supõe-se que não existe apenas um universo, mas uma multiplicidade de universos, outras dimensões e zonas de transição, tais como a Profundeza. Também no mundo real fala-se a respeito da existência do multiverso. Supõe-se que haja um universo padrão, que serve como ponto de referência. O universo padrão é composto por duas partes, o Arresum e o Parresum que, na prática, são os dois lados de uma Fita de Möbius3 .

Outros universos têm um valor de estranheza diferente daquela considerada padrão. O universo padrão tem muitos passados e futuros potenciais, que podem ser realidade em universos paralelos. Universos paralelos em geral são apenas ligeiramente diferentes uns dos outros, podendo ser normalmente reconhecidos à primeira vista. Assim, é um universo paralelo concebível aquele no qual não foi [[Perry Rhodan]], mas Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua.

Em outros universos, como [[Tarkan]], o Universo Vermelho dos druufs, o Mundo Negativo ou Eud'y-Azor-Jaroso, ocorreram desenvolvimentos completamente diferentes, prevalecem outras leis da natureza ou outro fluxo temporal. São conhecidos universos com mais ou menos dimensões do que o contínuo espaço-tempo quadridimensional do universo padrão.

Os diferentes universos não são estritamente separados, podendo ser alcançados. No caso de Hangay, até mesmo uma galáxia inteira do universo [[Tarkan]] foi transferida para o universo padrão.

Um universo bem cheio de vida

Em praticamente todas as galáxias do Perryversum existem muitos planetas com vida, seres inteligentes e com civilizações capazes de voo espacial. Se também existem estes fatos no mundo real, é caso de adivinhação...

A maioria das galáxias realmente existe e também recebe no Perryversum o seu nome real (Andrômeda, M87), mas algumas são chamadas por outros nomes (Gruelfin). Isso cria a impressão de que as galáxias, em particular a Via Láctea, estão literalmente abarrotadas por seres vivos.

O Perryversum é povoado por uma miríade de diferentes formas de vida. Há muitos humanoides e, no mínimo, o mesmo número de raças não humanas. Raças insectoides e reptilianas estão bem representadas, bem como avoides e várias criaturas que se assemelham a variações da fauna terrestre. Mas no Perryversum a vida também assume formas muito incomuns: seres de plasma como o [[Plasma Central]], seres híbridos mecânicos e orgânicos, plantas móveis e inteligentes e outras formas de vida ainda mais exóticas.

Esta diversidade não é por acaso, mas sim fruto da propagação, feita no passado, da vida inteligente executada pelos [[Sete Poderosos]] e pelos Enxames especificamente desenvolvidos. Os Poderosos eram responsáveis por semear bioporos4 , utilizando suas naves semeadoras. Os Enxames eram usados para aumentar a inteligência das criaturas resultantes.

Apesar da diversidade de formas corporais, o Perryversum é essencialmente antropomórfico, isto é, as criaturas mais inteligentes do Perryversum basicamente possuem traços humanos. Sua mentalidade corresponde a desvios e exageros da mentalidade humana, desta maneira, seu modo de pensar é compreensível para os seres humanos. Isto é indispensável para a compreensão mútua entre os povos (e facilita muito o trabalho dos autores, porque é muito difícil fazer um personagem completamente alienígena 'parecer real'). O entendimento entre povos estranhos é garantido por meio de uma das ferramentas técnicas mais importantes do Perryversum: o Tradutor. Este dispositivo pode traduzir praticamente qualquer idioma depois de uma curta 'curva de aprendizado'. Só muito raramente existem povos que são tão estranhos que um entendimento mútuo é quase impossível (exemplo: nakks).

TECNOLOGIAS DE FICÇÃO

Hiperfísica

No Perryversum presume-se que viagens espaciais mais rápidas do que a luz são possíveis, porque sem elas o contato entre os povos galácticos seria praticamente impossível e [[Perry Rhodan]] somente teria aventuras no Sistema Solar. Por conseguinte, os componentes-chave do Perryversum são a hiperfísica e a utilização do hiperespaço (bem como vários semiespaços) para realizar viagens espaciais mais rápidas do que de luz, ganhos de energia, comunicação mais rápida do que a luz etc.

Ao utilizar o hiperespaço os princípios da relatividade geral e especial, apresentados por Albert Einstein, são praticamente ignorados, porque no universo einsteiniano na verdade não há viagens espaciais mais rápido do que a luz – este efeito é alcançado por meio de viagens em outros ‘espaços’. O uso da hiperenergia e de hipercristais é essencial para a sofisticada tecnologia do Perryversum.

Assim, os astronautas do Perryversum não têm de flutuar sem peso em suas naves espaciais, mas podem operar livremente, pois a gravidade é gerada artificialmente. Portanto, uma estrutura normal de conveses, adotada para as naves de praticamente todos os povos e a navegação espacial, é possível no Perryversum. Com dispositivos tais como o antígravo, também pode ser conseguido o efeito oposto. Poços antigravitacionais substituem os elevadores mecânicos, planadores e outros objetos voadores podem ficar sem peso devido aos antígravos. Absorvedores de pressão amortecem a forte inércia e as forças de inércia geradas durante as manobras de aceleração das naves espaciais.

Espaçonaves, Positrônicas e Robôs.

As classes de espaçonaves empregadas no Perryversum são tão numerosas que foi necessário criar uma categoria separada na Perrypedia. Há naves de todos os tamanhos e formas – desde as relativamente pequenas, como as lentes espaciais, até gigantes como OLD MAN, a [[SOL]], a [[BASE]], as [[naves semeadoras]] e outras unidades poderosas. Muitos povos do Perryversum usam naves cuja estrutura é baseada em formas geométricas simples. Os terranos e vários outros povos usam a típica nave esférica (com ou sem protuberância anelar). As naves cilíndricas e as naves em forma de disco também são muito populares.

A complicada (hiper) tecnologia do Perryversum precisa de sofisticados sistemas de computador para funcionar corretamente. Apesar de que os componentes eletrônicos do mundo real deveriam ser sobrecarregados, no seu início a série trabalhava com comutadores e cartões perfurados...

Os povos do Perryversum se valem – principalmente depois do aumento da hiperimpedância – das positrônicas ou das biopositrônicas. Antes havia sintrônicas em uso, que já não trabalhavam com processadores feitos de matéria, mas com campos de estrutura hiperenergética. Estes computadores eram tão poderosos que, em muitos casos, recebiam o status de um indivíduo artificial.

Isto também é parcialmente verdadeiro para a grande variedade de robôs civis e militares empregados nas ações do Perryversum. Eles tendem a agir de forma completamente independente, ou seja, não são reconhecíveis os esquemas rígidos de uma programação fixa pré-determinada ou mesmo a pilotagem remota. Nos primeiros dias da série os robôs mais simples foram humanizados.

Fenômenos psi

Fenômenos de percepção extrassensorial, dons psi (tais como telepatia e telecinesia) e a existência de seres desencarnados e similares não são objetos esotéricos, especulativos ou de pseudociência, mas uma realidade tangível no Perryversum.

Existem inúmeras criaturas que possuem, em decorrência de mutações ou da própria natureza, forças especiais (dons psi) que não podem ser explicados pela ciência convencional. No Perryversum presume-se que eles usam hiperenergia no âmbito das frequências ultra-altas do hiperespectro.

No Perryversum é possível a existência de consciências puras, separadas do corpo e capazes de ação. As consciências espiritualizadas se aglutinam, formando seres coletivos ou precursores de superinteligências. Até mesmo foi desenvolvido um eufemismo para a alma: a constante FSRS.

Viagens no tempo

Uma parte essencial de muitas aventuras de [[Perry Rhodan]] e seus companheiros são as viagens no tempo. No Perryversum são possíveis tanto as viagens para o passado quanto as para o futuro, mas exemplos destas últimas são raros. Mais recentemente, foi negada a possibilidade da existência de paradoxos temporais através da adoção de loops temporais. O dito ‘isso aconteceu porque aconteceu’ preconiza o seguinte: qualquer ação pretendida de um viajante temporal em uma operação no passado relativo faz parte integrante e necessária do próprio desenvolvimento histórico.

POVOS

Grupos de poder e conflitos

Baseados na Via Láctea há diversos povos importantes, tais como terranos, arcônidas e blues. Além deles, há um número expressivo de povos e grupos menos significativos, como aconenses, saltadores, aras, halutenses, pos-bis e muitos mais. Também se incluem aqui os antigos povos coloniais dos grandes blocos de poder, que tenham se tornados independentes de seus ‘sistemasnatais’ para formarem estados independentes. Do lado dos terranos existem, entre outros, ertrusianos, epsalenses, siganeses e plofosenses.

Os blues são o povo dominante no lado leste da Via Láctea. Eles quase não se misturam aos demais e, devido à sua alta taxa de reprodução, ocupam todo o lado leste, muitas vezes travando violentas guerras fratricidas. A história das relações entre terranos e arcônidas é mutável. Nos primeiros dias da série surgiu o Império Unido, formado pela fusão do [[Império Solar]] dos humanos com o degenerado Império Arcônida. Mas depois do reerguimento dos arcônidas e da fundação do Império de Cristal, os arcônidas voltam a figurar entre os mais poderosos e perigosos adversários dos terranos. A [[Liga dos Terranos Livres (LTL)]] é atualmente o segundo maior grupo em poder no lado oeste da galáxia, logo atrás dos arcônidas.

A Via Láctea praticamente sempre esteve em perigo no Perryversum. Poderes extragalácticos continuam a tentar conquistar a Via Láctea, o que significa que a série apresentou inúmeras histórias de invasão até agora, mas sempre com a vitória final dos galácticos – em particular os terranos. Grupos de poder extragalácticos importantes foram ou são, por exemplo, os Senhores das Galáxias de Andrômeda, a Polícia do Tempo de M87, os cappins de Gruelfin, o Concílio, a [[Armada Infinita]], os Guerreiros Eternos, os cantaros, os tolcanders, o reino Tradom, a Coluna Terminal TRAITOR, a Monarquia Frequencial e os Juízes Atópicos.

Seres especialmente poderosos

No Perryversum também há indivíduos especialmente poderosos, que agem de forma independente ou em nome dos poderes superiores. Neste contexto se encaixam a série Cairol de robôs cosmocratas, cada um dos Cavaleiros das Profundezas, os já mencionados [[Sete Poderosos]], os mensageiros das superinteligências, tais como Homunk ou Lotho Keraete, e cada um dos Servos da Matéria. Também há seres ou entidades misteriosas, tais como [[Harno]], cuja origem e objetivos permaneceram muito tempo sem serem esclarecidos, apesar de ele cruzar frequentemente o caminho dos terranos.

RHODAN E O PERRYVERSUM

[[Perry Rhodan]], personagem principal da série de mesmo nome, é considerado como a personificação do ‘homemcósmico’, ou seja, uma pessoa que desenvolveu uma consciência para as relações cósmicas. O americano nascido em 8 de junho de 1936, de ascendência alemão, é astronauta dos Estados Unidos e físico nuclear, comandante do primeiro pouso lunar tripulado, ele encontrou pela primeira vez representantes de um povo alienígena superior. Com a ajuda da tecnologia deste povo, ele impediu a III Guerra Mundial e uniu a Humanidade. Devido ao ativador celular, que recebeu da superinteligência [[AQUILO]], é relativamente imortal. Ele não envelhece, mas pode ser morto, por exemplo, por um acidente.

[[Perry Rhodan]] é o iniciador e o protagonista dos acontecimentos que levaram à disseminação dos seres humanos pelo espaço. No entanto, outros personagens principais surgiram muito cedo, rapidamente se tornando pelo menos tão populares e ocupando tanto espaço quanto o próprio Rhodan, especialmente seu amigo Atlan. Muitas dessas figuras também carregam ativadores celulares e frequentam a série há muito tempo.

Por muito tempo [[Perry Rhodan]] agiu como mensageiro (ou agente vicário) de [[AQUILO]] e dos Cosmocratas, mas agora ele e os terranos estão amplamente emancipados desses poderes superiores. Rhodan e os terranos reconheceram que os Cosmocratas não são os ‘mocinhos’ do multiverso e que certamente deve haver um terceiro caminho, independente da ordem e do caos, no qual os povos menos desenvolvidos podem embarcar por conta própria.

O Perryversum através dos tempos

O Perryversum sempre foi influenciado pelo espírito do povo vigente no mundo real. No começo, a série descrevia principalmente as muitas dificuldades e conflitos derivados da expansão da humanidade pelo espaço. Os terranos sempre se deparavam com novos e cada vez mais poderosos adversários, que se opunham às suas tentativas de colonização, ou até mesmo apareciam como conquistadores. Este período inicial do Perryversum foi marcado pela vigente visão de mundo, patriarcal e conservadora, da Alemanha real. As mulheres eram em geral puramente decorativas; [[Perry Rhodan]] e muitos de seus companheiros eram fumantes e, muitas vezes, falava-se de álcool. O humor era baseado principalmente no pastelão, com atitudes e piadas de [[Gucky]] que, posteriormente, passaram a ser consideradas impensáveis.

Também as influências militaristas eram inegáveis, principalmente devido ao então coordenador da série – o autor K. H. Scheer. A hegemonia do [[Império Solar]] sempre foi avaliada positivamente e os terranos foram quase sempre vitoriosos e fortalecidos em todas as suas disputas. Típico desta época era o fato de os terranos se apoderarem dos desenvolvimentos tecnológicos de outros povos, que eram melhorados e usados de maneira mais hábil.

Uma primeira guinada foi dada com a sequência de acontecimentos derivada dos ataques dos dolans contra a Terra, na qual morreram bilhões de pessoas e o [[Império Solar]] foi significativamente enfraquecido. Depois veio a fragmentação do império, com vários mundos e sistemas associados se tornando independentes e formando seus próprios blocos de poder. Mas estes esforços pela autossuficiência e a perda de recursos foram classificados de forma negativa; por isso, [[Perry Rhodan]] e os terranos se mantiveram como o poder dominante e sempre prevaleciam contra todos os adversários.

Todos estes elementos têm sido criticados violentamente por parte da mídia. Não foi levado em conta o fato de que o Perryversum é muito complexo por ser escrito por inúmeros autores ao longo de décadas; o desenvolvimento da série nem sempre foi devidamente considerado.

Contudo, com a invasão do [[Hetos dos Sete]] e a fuga da Terra e da [[Lua]] para o [[Turbilhão Estelar]], surgiu uma verdadeira ruptura na tendência de lutas. Assim, as mudanças sociais no mundo real (perda de emprego e estruturas sociais ainda mais reacionárias em alguns aspectos) encontraram reflexo no Perryversum (despovoamento da Terra, fragmentação dos homens remanescentes na Via Láctea, etc).

William Voltz se tornou o próximo coordenador e editor da série, introduzindo uma nova imagem filosófica, representada por figuras como [[Alaska Saedelaere]], que não se encaixavam na imagem típica da época anterior de heróis espaciais. Sob sua liderança foi criada a cosmologia acima descrita, que ainda caracteriza a série. Cada vez mais, os principais poderes e começaram a determinar o destino cósmico da Humanidade em geral e de [[Perry Rhodan]] em especial. Temas como ecologia e esoterismo foram tratados, o tratamento informal (em contraposição ao rígido formalismo anterior) foi introduzido e os novos elementos de ficção científica, tais como o 'cyberpunk', também foram levados em conta.

Mais recentemente, a série retornou à tendência original das simples óperas espaciais da ficção científica, que geralmente tratam de invasores alienígenas e de ataques contra a Via Láctea ou o Sistema Solar. Também a Copa do Mundo da FIFA de 2006 na Alemanha do mundo real não passou despercebida no Perryversum: o campeonato [[Solar]] do ano 1345 [[NCG]] é uma resposta direta a isso.

PERRY RHODAN NEO

No mundo real de 2011, surgiu à série [[Perry Rhodan]] Neo, uma divisão do universo ficcional da série [[Perry Rhodan]] em dois níveis completamente independentes. [[Perry Rhodan]] Neo é um remake da série no formato de livro de bolso. Os motivos clássicos da série [[Perry Rhodan]] são reinterpretados e altera-se o fluxo temporal. A trama toma um rumo alternativo e são introduzidos novos personagens. Por isso, o ‘outro’ [[Perry Rhodan]] não voa em 1971 para a [[Lua]], mas apenas em 2036. [[Perry Rhodan]] Neo é independente em relação à série original (e vice-versa), não havendo pontos de contato entre ambas. Por esta razão, os produtos de ambos os universos ficcionais na Perrypedia são estritamente separados.

Trivialidades

O termo alternativo Neoversum, como sinônimo do universo criado para a série [[Perry Rhodan]] Neo, encontrou o seu caminho dentro da Perrypedia e também na área editorial da Pabel Moewig-Verlag (companhia responsável pela publicação de todas as séries derivadas de Perry Rhodan).


 

1Contraparte Caotarca da Armada Infinita. Nota do Tradutor.

2Região do cosmo que não é conformada pelos Cosmogenes, onde reina o caos absoluto. Nota do Tradutor.

3Figura matemática que possui dois 'lados' intimamente interligados, que se viram sobre si mesmos. Nota do Tradutor.

4Partículas psi responsáveis pela criação da vida. Nota do Tradutor.