Ovesst é o comandante da espaçonave RIRROD. Um legado dos Primeiros, os míticos antepassados dos orristans. Todas as construções e equipamentos técnicos que eles usam têm esta origem. Ovesst fica agitado. Pela primeira vez na história dos filhos das estrelas uma estação teve de ser abandonada e destruída. Apesar da tecnologia de ocultamento orristan, Phaenn foi encontrado e atacado pelos arcônidas. Os invasores do Mundo Quente são muito superiores ao pacífico povo que a protegeu através dos milênios por meio da invisibilidade. Agora a RIRROD, com os filhos das estrelas sobreviventes, se finge de morta. Enquanto a espaçonave, com a qual os arcônida e os atuais prisioneiros de Ovesst chegaram, continua a procurar pistas, a RIRROD, capaz de voar apenas com velocidade inferior à da luz, precisa ficar parada. Nesse meio tempo, ele tenta obter informações dos estranhos. Mas o arcônida morre. Ele o leva de volta para seus companheiros de prisão, para que possam absorvê-lo. Pois Ovesst não quer profanar a repundda, processo sagrado para os orristans. Ele não monitora os outros dois. Por isso, o comandante não percebe que eles fogem da cela. Somente quando os fugitivos estão no hangar e já prepararam uma nave auxiliar, um alarme soa. Para o comandante é um mistério como os prisioneiros puderam cruzar despercebidos pela nave. A ativação da nave auxiliar significa que a nave arcônida foi alertada e se aproxima perigosamente. Ovesst ordena a moirrea. No escurecimento da nave, todos os sistemas são desligados. De fora, ela parece um pedaço de rocha e é virtualmente indetectável, mesmo com sofisticados localizadores. Pouco antes de Ovesst ordenar a autodestruição, os intrusos desviam. A RIRROD parte para Gesverr, o centro dos filhos das estrelas. Depois de duzentos anos de ausência, Ovesst percebe rapidamente que lá reina a turbulência. Os compatriotas geralmente pacíficos ameaçam fisicamente a ele e seus prisioneiros. Por um lado, eles culpam Ovesst pelo desastre em Phaenn e as mortes de muitos de seus parentes; por outro, ele trouxe alienígenas que não deveria saber da existência dos orristans. Só o surgimento do altamente respeitado Conselheiro Siturrain acalma a situação. Este convida à reflexão sobre o juramento aos Primeiros. Então os orristans ficam assustados com sua própria agressividade. O Conselheiro chama Ovesst de lado e exige que ele mate os prisioneiros. A Leakkum Isskava quer levá-los para perto do Eterno, uma ruptura sem igual com a tradição e uma ameaça para o Asskor Tavirr. Ovesst balança entre seu apego a Isskava, sua ex-amante, e a segurança da comunidade.

Isskava Dara, a Leakkum, está em apuros. Faz muito tempo que o Asskor Tavirr, o Eterno, não fala com ela. Reza a lenda que o Asskor Tavirr é tão velho que ele conheceu pessoalmente os Primeiros. A Canção do Eterno é uma diretiva importante para os orristans em tempos difíceis. Para não perder sua reputação, ela engana os filhos das estrelas. Ela lhes dá Conselhos que supostamente são do Asskor Tavirr. Mas agora reina a turbulência nos Mundos Frios. Alienígenas ocuparam os mundos quentes. Como um povo espacial, eles podem ser perigosos para os orristans. Seu ex-amante Ovesst teve de destruir a estação em Phaenn para proteger todos os filhos das estrelas da descoberta. Muitos não puderam ser despertados de seu estase e perderam as vidas. Além disso, ele encontrou o Conselheiro Siturrain. Ele suspeita há algum tempo que ela não transmite os ensinamentos do Eterno. Ele pede o reavivamento de seu sono milenar diante de todos os Conselheiros. Isskava não pode mais se desvencilhar deste dilema. Também Olfggan Kell, o Mer’ell Arendt do Conselho, que até agora a protegeu dos ataques de Siturrain, está impotente. Sua única esperança são os prisioneiros que Ovesst fez pouco antes da destruição da estação. Como informado pelo comandante da RIRROD, um deles possui uma audição extraordinária. Talvez ele possa ouvir a música dos adormecidos. Ela exige a presença dos humanos na cerimônia de reavivamento. Uma demanda exorbitante da Leakkum. Mas tempos de incerteza pedem medidas incomuns. O Conselho concorda.

No dia do despertar, a cápsula de sono do Asskor Tavirr é colocada na câmara do Conselho. Ovesst e Tefrrik, vice-comandante de Ovesst, levam Ras Tschubai e Frederik Andersson. Embora Isskava Dara sinta repelência ao ver os dois, ela deposita toda sua esperança em Ras. Sem mais delongas, sob o olhar desconfiado dos Conselheiros, ela vai até o Eterno e se curva para o corpo de Tavirr. O ritmo da vida pulsa no velho orristan e Ras toca junto. De repente, ele é arrancado do transe por Frederik. Ao redor deles eclodiu uma comoção. A reunião é atacada pelos errkarems. Eles são iguais aos orristans, exceto pela pele mais clara. Em meio à confusão, o Asskor Tavirr acorda e se senta em sua cápsula de sono, ainda confuso. O Conselheiro Siturrain morre ao se jogar protetoramente na frente do Eterno. Também Ovesst é duramente atingido. Ras e Frederik tentam salvar a paralisada Leakkum. Ela ficou petrificada devido ao choque de ver o Despertado, que esperou por milhares de anos sem nem ao menos obter um sinal dele, correndo o risco de ser perdido novamente. Com muita dificuldade os humanos a convencem a fugir. O único conforto que Isskava tem é perceber que os sequestradores tratam o Asskor Tavirr com tanto respeito e humildade quanto os orristans. Os errkarems não desistem. Como se vê, os orristans têm sua existência limitada ao que os Primeiros deixaram. Ras Tschubai se oferece para trazer o Asskor Tavirr de volta caso Isskava que lhe dê uma nave. Ele quer provar aos orristans que ele e Andersson não são culpados pela miséria atual dos filhos das estrelas e também quer saber mais sobre os errkarems que devem viver nos mundos ferventes, mas são tão semelhantes aos orristans. Além disso, Ras Tschubai quer provar que humanos e orristans podem ser bons vizinhos, ou mesmo aliados, vivendo no mesmo sistema estelar.

1Nota do tradutor: no volume 82, ele foi descrito como sueco.

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